Análise SWOT – Como analisar sua Empresa
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02/01/2021Análise Empresarial – O Sistema Fechado
Enquanto o sistema aberto encara uma empresa em função de seus relacionamentos com o mundo exterior, o sistema fechado vê a empresa em função de suas operações internas. Não se deixe enganar pela simplicidade e aparente clareza desses dois sistemas. Separados ou, preferencialmente, juntos, eles constituem dois modelos administrativos extraordinariamente poderosos.
O sistema fechado considera todas as empresas como tendo insumos, processos e produção. Os insumos clássicos compõem-se de pessoas, máquinas e dinheiro. Esses dados se aplicam a praticamente todos os tipos de empresas, quer sejam públicas ou privadas, com fins lucrativos ou não. Placas de circuitos impressos e máquinas numericamente controladas podem ser o material e máquinas principais de uma indústria eletrônica com fins lucrativos pertencente ao setor privado. Papel e processadores de texto podem constituir o material e as máquinas principais necessários para uma organização do setor público sem fins lucrativos especializada em solucionar problemas. Ambas terão pessoas e dinheiro como insumos, fato que parece inevitável para qualquer empresa.
Pessoas Materiais Maquinas |
Valor Agregado |
Bens Acabados Vendas Faturamento Lucro |
Dinheiro- – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – -Mais Dinheiro |
Figura — O sistema fechado
Quando, porém, se trata de processos, as empresas diferem amplamente. Matérias-primas, como placas de circuito impresso, são processadas e podem passar por vários estágios de operações como produtos em elaboração antes de se transformarem em estoque acabado. Ao longo do caminho, elas acumularam valor agregado. Uma unidade vale mais como produto em elaboração do que quando era matéria-prima, e vale ainda mais como estoque acabado do que como produto em elaboração. É claro que esse valor agregado só pode ser convertido em dinheiro quando as unidades forem vendidas, mas o princípio do valor agregado faz sentido. Fabricar não significa somente produzir coisas, mas sim, em um sentido muito mais amplo, agregar valor.
Quando se trata de uma empresa sem fins lucrativos, o conceito de valor social agregado provavelmente é mais útil. Está claro que nem uma força policial e tampouco uma unidade de reabilitação para drogados deve existir para gerar lucros. Mas uma unidade de reabilitação para drogados que ajuda viciados a se modificar e a levar uma vida mais produtiva e gratificante está usando insumos (usuários) e agregando valor de um tipo diferente. Obviamente, na sociedade é preciso encontrar o equilíbrio entre organizações que agregam valor e as que agregam valor social. Qual deve ser esse equilíbrio é uma questão política que deve ser respondida individual e coletivamente.
Comparado ao valor agregado, talvez seja muito mais difícil definir o valor social agregado, mas isso não nos deve impedir de tentar.
A produção das empresas que têm fins lucrativos pertencentes ao setor privado convencional se apresenta como mostramos na figura, Bens acabados, vendas, faturamento e lucro acabam se transformando no dinheiro que conseguimos a partir do empreendimento. A saída de dinheiro pode ser relacionada com a entrada de dinheiro, como lucratividade bruta e líquida e retorno sobre o capital, Relacionar produtos finais a insumos nos dará o controle sobre o processo. Quanto mais antigo o gerente, maior o espaço de tempo de controle, como o retorno sobre o capital por ano para um diretor gerente, versus unidades por trabalhador por hora ou por turno para um supervisor.
Não é menos importante medir o produto final de uma empresa que produz valor social agregado. Na verdade, o princípio norteador deve ser sempre: se os recursos forem usados como insumos, então deve-se medir a produção. O sistema fechado, que nos oferece uma visão operacional e estritamente local de uma empresa, também nos proporciona um modelo maravilhosamente simples a ser usado quando se pensa na utilização de recursos.
A administração, por sua própria natureza, sempre considerou e terá sempre que encarar o emprego de recursos como uma questão fundamental.
Referência:
WALLEY, B. Production management handbook. Aldershot, Gower Publishing Ltd., 1986.
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